Assim como a academia literária busca e elabora interpretações, o design editorial, por outros meios, também o faz. Esta edição de Frankenstein surge como uma releitura da obra clássica de Mary Shelley, perpassando por questões geracionais, morais, subjetivas e pessoais, e tem como objetivo explorar camadas autorais e singulares do texto por meio da ilustração e de escolhas editoriais de caráter experimental.
Através de escaneamentos de edições comerciais da obra, de materiais como alfinetes e barbantes, é construida a conexão; através do contraste de traços e das sobreposições, as contradições; através das ilustrações, do timbre e do toque, o processo de criação. Esses conceitos são a espinha dorsal, perpassam o livro e guiaram o projeto.
- Técnicas: Colagem, ilustração, pintura, manipulação manual de scan, costura, bordado.
- Materiais: Giz, grafite, nanquim, papéis diversos, flores e folhas do jardim, linha de boradde, grampos, alfinetes, envelopes de carta, tecido de algodão, etc.
- Tipografias: Manuais e escaneadas de edições comerciais.
*Anexos são as páginas da do livro que se constituem de cartas que os personagens se enviavam. Na edição, cada carta vem envolta por um envelope. Além das cartas, há o envelope extra "SEU MONSTRO", onde diversos elementos visuais que perpassam o livro foram copiados e inseridos, para que o leitor possa montar seu próprio monstro:
projeto gráfico / ilustração / confecção da luva / diagramação: luiza queiróz
orientação: joana alves
encadernação: encadernadora frente e verso
Trabalho de conclusão de curso, Design Gráfico, UEMG.
